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MAÇONARIA E A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA


Por Vanderlei Coelho


Neste artigo, exploramos a conexão entre a Biblioteca de Alexandria e a Maçonaria, duas instituições que, separadas pelo tempo, compartilham um ideal comum: a defesa do conhecimento e a luta contra a ignorância e o fanatismo.


Se você preferir, pode assistir ao vídeo sobre o assunto do artigo.


MAÇONARIA E A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA


Introdução

Quando você pensa em uma biblioteca, o que vem à sua mente? Prateleiras repletas de livros dos mais variados temas, certo? Agora, imagine uma biblioteca tão grandiosa que reunia o conhecimento de diversas civilizações da Antiguidade. Essa era a Biblioteca de Alexandria, muito mais do que um simples repositório de papiros. Seu legado transcende os séculos e carrega uma mensagem poderosa sobre o valor do conhecimento.


Neste artigo, exploramos a conexão entre a Biblioteca de Alexandria e a Maçonaria, duas instituições que, separadas pelo tempo, compartilham um ideal comum: a defesa do conhecimento e a luta contra a ignorância e o fanatismo.


Maçonaria

A Maçonaria é uma fraternidade iniciática, escola filosófica de moral e aperfeiçoamento humano, que consagra seus ensinamentos por meio de símbolos e alegorias.


Ressaltamos que a Moderna Maçonaria não é contemporânea da Biblioteca de Alexandria, ou seja, elas estão separadas por um longo espaço de tempo. A Biblioteca de Alexandria foi fundada por volta do século III a.C., enquanto a Maçonaria, como organização especulativa, estruturou-se nos séculos XVII e XVIII, consolidando-se oficialmente em 1717 com a fundação da Grande Loja de Londres.


Relação da Maçonaria com a Biblioteca de Alexandria

Mas, por que relacionar a Maçonaria com a Biblioteca de Alexandria? É o que você vai ver no artigo de hoje.


Assim como a Maçonaria valoriza o pensamento livre e combate a ignorância, a Biblioteca de Alexandria foi um importante centro do conhecimento. No entanto, ambas sofreram perseguições de forças que temiam o poder da sabedoria e da razão. O desaparecimento da Biblioteca simboliza o perigo da intolerância e do fanatismo, os mesmos desafios que a Maçonaria enfrentou ao longo de sua história


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A Biblioteca de Alexandria

A Biblioteca de Alexandria, situada na cidade de Alexandria, no Egito, foi uma das mais icônicas instituições culturais e de aprendizagem da Antiguidade. Sua história é cercada de mistério e fascínio. Além de seu vasto acervo, sua trágica destruição representou uma perda irreparável para a humanidade.


Criação da Biblioteca de Alexandria

A criação da Biblioteca remonta ao reinado de Ptolomeu I, que distribuiu sua dinastia no Egito após a morte de Alexandre, o Grande, de quem foi um de seus generais. Por volta do século III a.C, Ptolomeu I fundou o Museu de Alexandria, que serviu como centro de pesquisa e aprendizagem. A Biblioteca, muitas vezes associada ao Museu, foi desenvolvida posteriormente, abrigando uma vasta coleção de manuscritos, rolos de papiro e obras literárias das mais diversas disciplinas, incluindo filosofia, ciência, história, poesia e matemática.


A Importância da Biblioteca de Alexandria

A importância da Biblioteca de Alexandria foi gigantesca. Ela desempenhou um papel fundamental na preservação e divulgação do conhecimento da época, reunindo cientistas e filósofos de diferentes partes do mundo antigo. A cidade de Alexandria se tornou um epicentro cultural da Antiguidade, reunindo algumas das mentes mais brilhantes da época para o intercâmbio e aprofundamento do conhecimento.


Destruição da Biblioteca de Alexandria

Embora não haja um consenso claro sobre quando exatamente a biblioteca foi destruída e por quais razões, há evidências de que ela sofreu vários danos ao longo do tempo. Incêndios, conflitos políticos e invasões são relatados como algumas das prováveis causas de sua decadência e eventual ruína.


Um dos momentos mais relatados é o incêndio ocorrido durante a conquista de Alexandria por Júlio César, em 48 a.C. Embora o relato de César não mencione diretamente a destruição da biblioteca, muitos historiadores acreditam que parte do acervo pode ter sido perdido nesse evento. Além disso, os conflitos religiosos e políticos ao longo dos séculos, incluindo a ascensão do cristianismo, também podem ter contribuído para a perda gradual do que restava da biblioteca.


O Esplendor Intelectual e a Vulnerabilidade do Conhecimento

Mais do que um repositório de conhecimento, a Biblioteca de Alexandria representava o esplendor intelectual da Antiguidade. No entanto, sua destruição revelou a fragilidade do saber diante da intolerância e dos conflitos políticos.


A destruição da Biblioteca de Alexandria nos lembra o quão frágil o conhecimento pode ser diante da intolerância e do poder destrutivo da ignorância. Ao longo da história, forças contrárias ao pensamento livre repetidamente tentaram silenciar ideias, seja queimando papiros ou perseguindo aqueles que buscavam a verdade.


Mesmo que a Biblioteca de Alexandria tenha desaparecido há séculos, seu legado permanece vivo, inspirando a busca contínua pelo conhecimento e a importância de proteger e valorizar os registros culturais para as gerações futuras.


A Maçonaria Também Sofreu Perseguições e Quase Foi Extinta

A Maçonaria é sem sombra de dúvidas uma das mais importantes organizações pensadas pelo homem. Entre verdades e mentiras, muito já foi escrito. Ela foi estruturada, perseguida, praguejada, reverenciada e muitas vezes incompreendida ao longo dos últimos três séculos.


Se há uma lição a ser aprendida com a destruição da Biblioteca de Alexandria, é que a ignorância e o fanatismo sempre tentarão suprimir o conhecimento. Da mesma forma, a Maçonaria, ao longo de sua história, enfrentou e resistiu a diversas tentativas de silenciamento. O compromisso com a busca pela verdade e a liberdade de pensamento continua sendo um dos pilares fundamentais tanto do legado da Biblioteca de Alexandria quanto da Maçonaria.


Perseguições da Igreja

Durante a inquisição na Espanha, em Portugal e na Itália, maçons foram perseguidos, presos e torturados.


Em 1738, o Papa Clemente XII promulgou uma bula pontifícia (decreto), ameaçando com a excomunhão qualquer católico que se tornasse maçom.


Em 1739, outro decreto papal proibiu a participação da Maçonaria nos Estados Pontifícios, sob pena de morte.


Uma sucessão de papas ao longo de 140 anos emitiu uma série de bulas ou encíclicas contra os maçons.


Joseph Ratzinger, que se tornaria o Papa Bento XVI, em 2005, por meio do Direito Canônico (Direito Católico) atualizado em 1983, deixou claro que os católicos que se tornassem maçons estavam em estado de grave pecado e podiam não receber a comunhão.


Maçonaria nos Regimes Totalitários

Nos regimes totalitários, de Adolf Hitler, na Alemanha, Benito Mussolini, na Itália, Franco, na Espanha, Augusto Penochet, no Chile, Antonio Salazar, em Portugal, Saddam Hussein, no Iraque, Aiatolá Khomeini, no Irã e, claro, na antiga União Soviética, a Maçonaria foi banida e sofreu perseguições, seus templos foram fechados e nos casos mais radicais, maçons foram mortos, simplesmente por serem membros da Ordem. Não se sabe ao certo, mas estima-se que de 80 a 200 mil maçons foram assassinados pelos nazistas.


Conclusão

A Maçonaria está sempre vigilante, prega a liberdade em todas as suas formas, principalmente a liberdade de pensamento. Combate a ignorância, o fanatismo e a ambição, os três principais flagelos da humanidade, dos quais a Biblioteca de Alexandria foi vítima.


Se há uma lição a ser aprendida com a destruição da Biblioteca de Alexandria, é que o conhecimento precisa ser protegido contra a ignorância e o fanatismo. Ao longo da história, a Maçonaria tem sido um bastião da liberdade de pensamento, resistindo a perseguições e promovendo o progresso intelectual. Que possamos honrar esse legado, defendendo o saber como um dos maiores patrimônios da humanidade.



Para você que leu o artigo até aqui, o meu muito obrigado. Caso ainda não seja membro do MAÇONARIA COM EXCELÊNCIA, por favor se inscreva, é só clicar no botão abaixo, não custa nada para você.


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Fontes pesquisadas:

COELHO, Vanderlei. As transformações sociais antes, durante e após a fundação da Grande Loja da Inglaterra. Palestra proferida no II Seminário Maçônico da Glomaron. Porto Velho, 2017.

HODAPP, Christopher. Maçonaria para leigos. Tradução de Kennyo Ismail. 2ª edição. Rio de Janeiro: Alta Books, 2016.

WIKIPEDIA. Biblioteca de Alexandria. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Biblioteca_de_Alexandria. Acesso em: 03/09/2023.

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