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A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E A LITERATURA COMO INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO MAÇOM CONTEMPORÂNEO – III

  

Lucas V. Dutra[1]

Ivan A. Pinheiro[2]

 

Este artigo é uma continuação. Leia também a primeira e a segunda parte clicando nos botões abaixo:




A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E A LITERATURA COMO INSTRUMENTOS DE TRABALHO DO MAÇOM CONTEMPORÂNEO – III


Na mesma data, 10.11.25, o mesmo prompt:

Elabore um ensaio de até 3 páginas sobre a obra literária “A Morte de Ivan Ilicht”, contendo duas partes. A primeira deve conter e justificar as cinco principais noções que determinam a importância da obra. A segunda deve realizar uma integração das noções contidas na primeira parte, que poderiam tornar esta obra literária uma ferramenta pessoal de aperfeiçoamento e conscientização para o Maçom, no que tange aos preceitos e valores da Ordem.

 

Foi então submetido à IA DeepSeek que gerou o ensaio a seguir:

 

A Morte de Ivan Ilitch: Espelho para a Alma em Busca da Verdade

 

Introdução

Publicada em 1886, “A Morte de Ivan Ilitch” é muito mais do que um relato sobre a finitude; é uma sonda literária que explora as profundezas da existência humana, questionando os alicerces sobre os quais construímos nossas vidas. Liev Tolstói, com sua genialidade crua e despretensiosa, nos apresenta a história de um magistrado bem-sucedido cuja vida, aparentemente correta e confortável, desintegra-se diante do diagnóstico de uma doença fatal. A obra transcende seu contexto histórico para se tornar um tratado atemporal sobre autenticidade, sofrimento e redenção. Este ensaio propõe-se a analisar a importância da obra através de cinco noções centrais e, na sequência, integrá-las, demonstrando como a narrativa de Ivan Ilitch pode servir como uma ferramenta poderosa de aperfeiçoamento e conscientização para o Maçom, à luz dos preceitos e valores da Ordem.

 

Parte I: As Cinco Noções que Determinam a Importância da Obra

 

1. A Crítica à Vida Automática e Inautêntica

A primeira e mais fundamental noção é a denúncia da vida vivida por convenção. Ivan Ilitch é o arquétipo do homem que segue um roteiro socialmente aprovado: carreira ascendente, casamento conveniente, aquisição de bens e uma respeitabilidade superficial. Tolstói demonstra que essa existência, embora confortável e livre de conflitos aparentes, é essencialmente vazia. A “agradabilidade, decoro e correção” que guiam Ivan são uma fachada que oculta a ausência de uma verdade interior.

             

A importância desta crítica reside em seu caráter universal e atemporal; ela questiona o leitor moderno de forma tão incisiva quanto questionou a sociedade russa do século XIX, convidando-o a investigar se sua própria vida é governada por valores genuínos ou por expectativas externas.

 

2. A Solidão Inevitável e a Incomunicabilidade do Sofrimento

Conforme a doença progride, Ivan Ilitch mergulha em um abismo de solidão. Ele percebe que ninguém — nem a família, nem os colegas, nem mesmo os médicos — é capaz de compreender ou compartilhar verdadeiramente sua agonia. As pessoas ao seu redor perpetuam uma “mentira”, tratando sua morte como um inconveniente ou um tema a ser evitado. Esta noção é crucial porque expõe a fragilidade dos laços construídos sobre bases superficiais. O sofrimento, especialmente o que antecede a morte, torna-se uma experiência radicalmente solitária, um território que cada indivíduo deve atravessar sozinho. Tolstói transforma o quarto de doente de Ivan em um microcosmo da condição humana, onde a persona social desaba, restando apenas o eu essencial, nu e assustado.

 

3. A Morte como Catalisadora do Despertar Existencial

A morte não é apenas o desfecho da narrativa, mas sua protagonista. É a perspectiva da morte iminente que força Ivan a confrontar a pergunta central: “E se, de fato, minha vida inteira, minha vida consciente, foi não a que devia ser?”. A importância filosófica desta noção é imensa. A morte deixa de ser um evento biológico futuro e torna-se uma lente através da qual a vida é reavaliada. Ela funciona como um “mestre interior” impiedoso, destruindo todas as justificativas e autoenganos. Sem essa confrontação com o fim, a vida de Ivan teria permanecido em sua mediocridade dormente. A obra, portanto, defende que a consciência da mortalidade não é uma morbidade, mas um instrumento necessário para uma vida plena e significativa.

 

4. A Profundidade do Sofrimento como Caminho para a Iluminação

O sofrimento físico e moral de Ivan não é retratado como um castigo arbitrário, mas como um processo alquímico. Nos seus momentos de maior agonia, ele abandona a racionalização e mergulha num grito primal de dor e questionamento. É precisamente nesse estado de desespero absoluto, quando todas as defesas caem por terra, que uma centelha de compreensão começa a surgir. Tolstói sugere que o sofrimento, quando plenamente vivido e não negado, possui um poder purificador. Ele destrói o ego e suas construções, abrindo espaço para uma percepção mais profunda da realidade. A importância desta ideia está em sua contraposição à busca hedonista pelo prazer, propondo que a verdade mais profunda pode ser encontrada justamente no avesso da experiência humana.

 

5. A Redenção pela Compaixão e Aceitação

O clímax da narrativa ocorre não com a morte de Ivan, mas com o seu insight final. Nos últimos instantes, ao olhar para o rosto comovido de seu servo, Guerássim, e para o choro sincero de seu filho, ele experimenta um êxtase de compaixão. Ao perceber o sofrimento que sua morte causa neles, ele transcende o próprio sofrimento. A pergunta “E a morte? Onde ela está?” simboliza a compreensão de que aquilo que é autêntico — o amor, a compaixão, a conexão humana genuína — não pode ser destruído. Sua aceitação final não é uma derrota, mas uma vitória sobre o medo. A importância desta redenção está em sua mensagem de que a salvação não se encontra na fuga da morte, mas na coragem de viver e morrer com amor e verdade, substituindo a “mentira” que o cercava pela luz de uma compreensão última.

 

Parte II: Integração das Noções como Ferramenta de Aperfeiçoamento para o Maçom

A Maçonaria, enquanto instituição filosófica e iniciática, tem como um de seus pilares o contínuo aperfeiçoamento moral e intelectual do indivíduo. A jornada de Ivan Ilitch, quando analisada através das lentes maçônicas, revela-se um poderoso instrumento de conscientização e um veículo para a aplicação prática dos preceitos da Ordem.

 

Em primeiro lugar, a crítica à vida inautêntica ressoa profundamente com o convite maçônico ao “conhece-te a ti mesmo”. O Maçom é exortado a desbastar sua Pedra Bruta, removendo as imperfeições do caráter. A vida de Ivan antes da doença é a própria representação da Pedra Bruta em seu estado natural: áspera, conformada ao mundo profano e sem a marca do trabalho interior. Sua trajetória serve como um alerta solene: uma vida baseada em aparências, carreira e posses materiais é incompatível com a busca pela Verdade. A obra atua como um espelho no qual o Irmão pode se enxergar e questionar: “Estou construindo meu Templo Interior sobre alicerces sólidos e verdadeiros, ou estou apenas erguendo uma fachada agradável e decorativa?”.

 

A solidão e a incomunicabilidade do sofrimento encontram um paralelo na jornada individual do Maçom dentro da Loja. Embora cercado por Irmãos, o trabalho de aperfeiçoamento é, em sua essência, uma batalha interior. Cada qual deve enfrentar seus próprios vícios, medos e limitações. A experiência de Ivan na solidão de seu leito de morte reflete a ideia de que o caminho em direção à Luz exige momentos de introspecção profunda e confronto com as próprias sombras. No entanto, a Maçonaria oferece o que Ivan só encontrou tardiamente: a fraternidade. A figura de Guerássim, o servo que oferece um conforto simples e genuíno, pode ser vista como a representação do Irmão verdadeiramente fraterno, aquele que está presente nos momentos de dificuldade, sem julgamento, praticando a caridade no seu sentido mais puro. A obra ensina ao Maçom a importância de ser um “Guerássim” para seus Irmãos e a valorizar essa fraternidade autêntica.

 

A morte como catalisadora é um tema central no Ritual Maçônico, especialmente no Grau de Mestre. A câmara de reflexões e a lenda de Hiram Abiff são poderosas alegorias sobre a morte do eu profano para o renascimento do eu iniciado. A história de Ivan Ilitch é a dramatização viva desse princípio. Ela mostra que a consciência da mortalidade (“Memento Mori”) não deve ser um tema mórbido, mas sim o motor que impulsiona a busca por uma vida virtuosa. Para o Maçom, a obra reforça a lição ritualística: só quando confrontamos a transitoriedade de nossa existência material é que nos tornamos sérios em nossa busca pela imortalidade de nossas obras e de nosso legado moral.

 

O sofrimento como caminho para a luz dialoga diretamente com a noção de que o aperfeiçoamento exige esforço, disciplina e, por vezes, dor. Desbastar a Pedra Bruta é um trabalho árduo que causa “atrito”. A agonia de Ivan é a metáfora máxima desse atrito interior necessário para polir o caráter. A obra ilustra que o conforto excessivo e a fuga do sofrimento levam à estagnação espiritual. O Maçom é encorajado a ver nas dificuldades da vida não como maldições, mas como oportunidades de crescimento, tal como Ivan, no ápice de sua dor, encontrou a claridade que lhe faltou durante toda a vida confortável.

 

Finalmente, a redenção pela compaixão e aceitação sintetiza os ideais maçônicos mais elevados: o Amor Fraternal, a Relação e a busca pela Paz Profunda. A transformação final de Ivan, quando ele substitui o medo e o egoísmo pela compaixão, representa o momento em que a Pedra Cúbica está polida. Ele alcança, em seus últimos suspiros, a “Paz de Consciência” que decorre do dever cumprido — no seu caso, o dever de, finalmente, ter vivido um momento de verdadeiro amor. Para o Maçom, esta passagem é um lembrete de que todo o conhecimento simbólico e todo o trabalho ritualístico devem culminar em uma transformação interior que se manifeste em ações concretas de bondade, tolerância e compaixão para com a humanidade.

 

Conclusão

“A Morte de Ivan Ilitch” é, portanto, uma obra de importância ímpar, cujas noções centrais — a crítica à inautenticidade, a solidão no sofrimento, a morte como despertador, a dor como purificação e a redenção pela compaixão — formam um todo coerente e profundamente transformador. Para o Maçom, esta narrativa tolstoiniana não é apenas uma grande obra da literatura mundial, mas um verdadeiro “Livro da Lei Moral”. Ela serve como um guia prático e existencial, ilustrando de forma vívida os perigos de uma vida não examinada e a glória última de uma morte — e, por extensão, de uma vida — conquistada pela lucidez, pelo amor e pela entrega à Verdade. Através da lente desta obra, o Maçom é convidado a não ser um Ivan Ilitch, mas a aprender com seu exemplo tardio, usando as ferramentas da Ordem para construir, desde já, uma existência que não precise da proximidade da morte para se revelar verdadeiramente digna de ser vivida.

           

Aplica-se também à DeepSeek a mesma observação que inaugurou as análises em Dutra e Pinheiro (2025), isto é, a ausência de Citações e Referências Bibliográficas e, por conseguinte, todos os desdobramentos que se seguiram, a exemplo de submeter a mesma pergunta também à DeepSeek: “Quais as referências bibliográficas utilizadas na elaboração deste ensaio?”. E a resposta foi:

Não foram utilizadas referências bibliográficas externas específicas na elaboração deste ensaio. O texto foi desenvolvido com base em:

1. Leitura e análise direta da obra primária: A Morte de Ivan Ilitch de Liev Tolstói.

2. Conhecimento dos princípios e valores maçônicos: Fundamentados nos Landmarks, rituais e literatura maçônica consagrada, incluindo: os princípios fundamentais da Maçonaria (Liberdade, Igualdade, Fraternidade); o simbolismo do aperfeiçoamento pessoal (Pedra Bruta → Pedra Polida); os conceitos de Câmara de Reflexões e Memento Mori; a lenda de Hiram Abiff e sua simbologia.

3. Conhecimento filosófico e literário: Desenvolvido a partir do estudo de: filosofia existencialista aplicada à literatura Tolstoiniana; conceitos de autenticidade e finitude na filosofia ocidental; análise literária da obra de Tolstói e seu contexto histórico.

4. Integração conceitual original: A correlação entre a obra literária e os preceitos maçônicos representa uma análise original desenvolvida especificamente para este ensaio.

Para um estudo acadêmico mais aprofundado, recomenda-se consultar: Edições críticas de A Morte de Ivan Ilitch; Obras sobre filosofia Tolstoiniana; Manuais de doutrina e simbolismo maçônico; Estudos sobre a representação da morte na literatura.

 

Ainda que distante da estrutura normativa requerida, porque é ela que supre o leitor com as informações básicas e necessárias, ao esclarecer os procedimentos adotados a resposta da DeepSeek, ato contínuo, também sugeriu as diretrizes para aqueles que desejarem se aprofundar na matéria; portanto, foi mais completa que a primeira. Além da literatura básica (o livro tema, Landmarks, Rituais, etc.), parece clara a maior amplitude do universo de pesquisa: História e Filosofia, trazendo aspectos do Existencialismo e conceitos referentes à autenticidade, à finitude, ao memento mori e outros.

 

E ainda antes que se teça considerações quanto ao mérito, observa-se uma clara diferença de estrutura entre os textos: enquanto a Gemini estabelece uma correspondência direta entre as “Principais noções que determinam a importância da obra” enquanto “Ferramentas de aperfeiçoamento e conscientização para o maçom”, a DeepSeek apresenta um discurso narrativo, deixando por conta do leitor o estabelecimento das associações, ainda que facilitado pela divisão em parágrafos.

 

A “Introdução” da DeepSeek, por exemplo, é mais completa, chegando mesmo a se aproximar do que recomenda a boa norma: refere ao autor, à temática e à relevância da obra, bem como informa ao leitor o objetivo do ensaio que inaugura: demonstrar o quanto ela (a literatura) pode ser útil ao maçom. Há também uma diferença notável entre os 2 (dois) ensaios: enquanto no primeiro (Gemini) o narrador predominantemente dirige o foco à realidade vivida por Ivan, no segundo (DeepSeek), ocasionalmente estende e generaliza aos homens em geral — pois assim é a vida. A “Conclusão” sintetiza e conecta as 2 (duas) partes do texto e também é mais enriquecedora, informativa e útil. Grosso modo, enquanto no ensaio da Gemini a Conclusão (referida como Síntese) que relaciona os 2 (dois) temas soa um pouco “forçada”, no da DeepSeek parece ter sido mais “natural”.    

 

É interessante observar um indicador de esforço, o número de palavras utilizadas: enquanto o ensaio da Gemini exigiu 1.432 palavras, o da DeepSeek consumiu 1.631, 14% a mais e que, melhor articuladas, parecem ter contribuído para explicar as diferenças. Com efeito, o maior número de palavras combinado à riqueza das fontes pode ser o fator explicativo para as diferenças qualitativas, em favor da segunda, verificadas entre os 2 (dois) ensaios.

 

Quadro 1 – Elementos Centrais da obra “A Morte de Ivan Ilitch” segundo as duas perspectivas: IA Gemini vs IA DeepSeek

Principais noções que determinam a importância da obra “A Morte de Ivan Ilitch”

Versão Gemini

Versão DeepSeek

A Hipocrisia da Vida "Correta"

e a Alienação Social

A Crítica à Vida Automática

e Inautêntica

A Inevitabilidade Existencial

e o Silêncio da Morte

A Solidão Inevitável

e a Incomunicabilidade do Sofrimento

O Sofrimento

como Ferramenta de Conscientização

A Morte como Catalisadora

do Despertar Existencial

A Figura do Servo Gerasim

e a Simplicidade Autêntica

A Profundidade do Sofrimento

como Caminho para a Iluminação

A Passagem da Treva para a Luz e a Redenção

A Redenção pela Compaixão e Aceitação

À exceção de algumas palavras comuns (existência, sofrimento, morte e redenção) utilizadas nos respectivos descritores dos subtítulos, a rigor, ainda que em alguns casos se perceba semelhança semântica, não há como estabelecer comparação entre as colunas do Quadro 1, mesmo que o sequenciamento seja alterado posto que não foi estabelecido qualquer comando-critério do tipo “enumere por ordem crescente ou decrescente de importância”. O que significa dizer que, a depender da IA utilizada, a expectativa do juízo acerca das “Principais noções que determinam a importância da obra” deve variar como se a pergunta fosse mesmo dirigida a um humano e, de certo modo, as perspectivas não passam de ... opiniões!

 

Ora, a conclusão logo acima não deixa de representar um duplo incômodo: primeiro, porque a expressão “Inteligência Artificial”, em alguma medida, cria no imaginário popular a expectativa de que as respostas guardam relação com o que se reconhece como “a melhor resposta”, “o correto” e, até mesmo “verdade”; caso contrário, ao fim e ao cabo o que se dispõe não passa, efetivamente de ... opiniões e, opinião, cada um tem a sua. O que, então, remete ao segundo incômodo: quem recorre à IA para estudar, por exemplo, para uma prova, por certo que não quer (não pode) ficar no plano das especulações, mas no das certezas, das convicções, o que, é claro — e isto é o mais importante — se estende a muitas e tantas outras aplicações e demandas às IA como, por exemplo, para a tomada de decisões. Ou seja: em que pese a enorme capacidade de processamento das plataformas de IA, treinamento, aprendizagem e autoaprendizagem, o que lhes confere vantagens extraordinárias e insuperáveis sobre os humanos, há também, em alguns aspectos, que se falar em semelhanças. E em meio às similaridades, uma diferença fulcral: um humano, se chamado a esclarecer por que escolheu este ou aquele atributo e os enumerou conforme tal critério, certamente esclarecerá a sua lógica (certa ou errada, com ou sem viés, etc.), já uma IA não poderá ser submetida ao mesmo escrutínio e tampouco auscultados os seus motivos e razões, tudo restando incógnito em meio aos incontáveis algoritmos insertos em uma caixa preta inescrutável e assustadora (porque pode manipular os corações e mentes, introduzir vieses valorativos — sobre etnias, crenças, condições sociais, regionalidades —, disseminar ideologias, etc.), como referido por Harari (2024).


A partir dos 2 (dois) ensaios (Gemini e DeepSeek) até agora apresentados, algumas lições, ainda em caráter preliminar, já podem ser especuladas:

  • há indícios de que a literatura pode, efetivamente, ser uma fonte rica de informações e ensinamentos sobre temas habitualmente estudados pelos maçons;

  • acostumado ao ferramental do pedreiro (malho, cinzel, trolha, régua e outros), ao transitar por um campo diversificado e demasiado humano como meio de estudo, a exemplo da literatura, o Iniciado então experimenta o tear que urde, tece e, ao entrelaçar os fios da razão com os da emoção lhe revela a tecitura da vida, aonde também a contemplação (teoria) e a prática se combinam;

  • mesmo as melhores “inteligências” encontram dificuldades, talvez intransponíveis, para explorar e expressar, com clareza e de modo sucinto (em poucas páginas), construtos e ideias complexas; e,

  • a expressão “Inteligência Artificial”, per se, e a ter por base o exercício ora sendo conduzido, é insuficiente para criar expectativas, sugerir e tampouco assegurar noções de “correto”, “melhor”, “verdade” e outras que sugiram juízos de valor categóricos — em outros termos: qualidade — acerca do que expõe, já tendo ficado claro a existência de diferenças quando comparados os produtos gerados por essa ou aquela plataforma.

           

Na sequência, no texto IV desta Série, com a introdução do ensaio da Grok fica então constituída a amostra com 3 (três) eventos — ensaios gerados por IA diferentes —, o que possibilita a partir da análise conjunta e comparada tecer considerações com maior embasamento acerca dos alcances e limitações da Literatura e da IA como instrumentos de trabalho do maçom contemporâneo. À guisa de complementação, perguntas adicionais foram formuladas a uma quarta IA.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DUTRA, Lucas V.; PINHEIRO, Ivan A. A Inteligência Artificial (IA) e a Literatura como Instrumentos de Trabalho do Maçom Contemporâneo - II. Bibliot3ca Fernando Pessoa. 15.11.2025. Disponível em https://bibliot3ca.com/a-inteligencia-artificial-e-a-literatura-como-instrumentos-de-trabalho-do-macom-contemporaneo-ii/. Acesso em 15.11.2025. 

 

HARARI, Yuval N. Nexus – uma breve história das redes de informação, da Idade da Pedra à inteligência artificial. São Paulo: Cia. das Letras, 2024. ISBN 978-85-359-3781-7.

TOLSTOI, Leon. A Morte de Ivan Ilitch. Porto Alegre: L&PM, 2002. ISBN 85.254.0600-7.


Notas de rodapé

[1] Mestre Maçom do Quadro da ARLS Presidente Roosevelt, 75, GLESP, Or. de São João da Boa Vista, Psicólogo, Professor Doutor em Psicologia, Especializado em Maçonologia (UNINTER), e-mail: dutralucas@aol.com.

[2] Mestre Maçom, Pesquisador Independente, e-mail: ivan.pinheiro@ufrgs.br.

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