AS TRÊS VIRTUDES TEOLOGAIS NA MAÇONARIA
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Claudio Alvim Zanini Pinter[1]
AS INTERFACES ENTRE FÉ, ESPERANÇA E CARIDADE COM O APRENDIZ MAÇOM

Introdução
A tradição maçônica fundamenta-se por símbolos, alegorias e princípios que corroboram com o desenvolvimento iniciático dos irmãos. O estudo e a prática das virtudes teologais vem ao encontro do papel do maçom, para com ele mesmo, para a família, para os irmãos e para a sociedade. Este trabalho tem como principal objetivo elucidar os conceitos básicos de fé, esperança e caridade na cultura maçônica. Baseado na Bíblia Sagrada e autores que descrevem sobre o tema, procura-se responder à pergunta estratégica: Qual a importância da prática das virtudes teologais? A metodologia desse trabalho é bibliográfica. A partir dos conceitos básicos propicia ao leitor uma reflexão íntima da importância de cada pensamento e ato praticado pelo despertar da consciência interna.
A visão da fé por um aprendiz maçom
Ao que tudo indica, fé, esperança e caridade compõem uma tríade que se encaixa nas três virtudes teologais, ou seja, no estudo das questões referentes ao conhecimento da divindade, difundidas pela Maçonaria. E, embora haja uma dicotomia entre essas palavras que se relacionam tanto com o homem profano como o iniciado, pretende-se uma abordagem voltada ao caráter maçônico. A existência da fé do neófito é um dos pré-requisitos para que o aprendiz maçom possa iniciar a caminhada evolutiva e conquistar os progressos morais e espirituais em sua vida. Por isso, está relacionado com o primeiro grau da Maçonaria, sendo uma das primeiras virtudes teologais.
Para Puch (1993, p. 125), “a fé do maçom repousa na confiança em si e nos seus irmãos, bem como nos altos princípios colimados pela ordem a qual se aceitou como propulsora da verdade. No painel alegórico do grau é representada pela cruz”. Já para Aslan (1996, p. 418), pode-se definir a fé como uma “convicção fundada não sobre a evidência do raciocínio, mas sobre o testemunho. Assim entendida, a fé é, na ordem natural, a fonte do maior número dos nossos conhecimentos”.
Desde o início da história da humanidade Deus testou a fé dos homens. A Bíblia narra a atitude de Abraão, o qual iria sacrificar o seu único filho, Isaac, como prova de fé, sendo por isso, aclamado amigo de Deus, digno de estar “creditado como Justiça” (Romanos, capítulo 4, versículo 3).
Embora a fé pareça algo intangível, ela é precedida por gestos concretos. A respeito disso, São Tomás de Aquino afirmou: “Crer é imediatamente um ato do entendimento, porque seu objetivo é a verdade, que propriamente pertence a este”. As três viagens que o aprendiz maçom faz no processo de iniciação requerem previamente do neófito a comprovação da sua fé e confiança, caso contrário a viagem é interrompida, porque o homem não está preparado para prosseguir a sua caminhada evolutiva.
A Carta de São Tiago, que compõe a Bíblia Sagrada, fala sobre as provações como sendo uma dádiva divina: “Meus irmãos, fiquem muito alegres por terem que passar por todo o tipo de provações, pois vocês sabem que aprendem a perseverar quando a sua fé é posta à prova. Mas é preciso que a perseverança complete a sua obra com vocês, para que sejam homens completos e autênticos, sem nenhuma deficiência” (Carta de São Tiago, Capítulo, 1, versículo 2).
Caros irmãos, quantas provações de fé há nessa vida? Doença na família, passagem de um ente querido para o oriente eterno, problemas nos negócios, entre outros. Estes momentos nada mais são do que provações de fé para se levantar e continuar a caminhada. Embora ocorram fatos inesperados, existe uma luz a guiar e orientar que é a centelha divina, ou seja, esperança, porque esta deve estar sempre viva no coração dos homens. Mas, afinal, o que é a fé? Em Hebreus, “a fé é um modo de já possuir aquilo que se espera, é um meio de conhecer realidades que não se veem” (capítulo 11, versículo 1). E todos bem sabem que o maior inimigo do homem está dentro do próprio homem. Primeiro, é preciso vencer as paixões, buscando equilíbrio emocional; depois, abandonar qualquer tipo de vício e ainda agir de acordo com a lei, que a tudo e a todos rege. Segundo o professor José Henrique de Souza, fundador da Sociedade Brasileira de Eubiose, “a fé de cada um reflete o seu caráter ou a sua natureza. A fé constitui o homem; assim, qual seja a sua fé, tal será o homem” (Souza, 1999, p. 74).
De acordo com o Dicionário Aurélio (2000), a palavra fé deriva do latim fide e, por extensão, significa: Conjunto de dogmas e doutrina que constituem um culto; Crença, confiança; Ser digno de crédito, afirmação e prova. Vale lembrar também um adágio popular em que se diz: A fé remove montanhas. Montanha esta de incertezas, inverdades, falsidades, mentiras. A fé remove o medo e dá lugar às coisas justas, à prudência e à temperança. Há algumas passagens bíblicas que relatam vários episódios que obrigatoriamente exigiram um ato de fé, tais como: a travessia do mar vermelho, a fúria das ondas em alto mar, entre outros. Daí se pode concluir que a fé é que salvou. Com relação ao tamanho da fé, Jesus disse: “Eu garanto a vocês: se vocês tiverem fé do tamanho de uma semente de mostarda, podem dizer a esta montanha: vá daqui para lá, e ela sairá. E nada é impossível para vocês” (Mateus, capítulo 17, versículo 20).
Na verdade, fé é um estado de espírito capaz de transformar as tendências negativas em positivas. Para isso, é indispensável o cultivo da espiritualidade através do estudo, da leitura de boas obras, da reflexão e da meditação, bem como da prática ritualística e de boas ações. O homem deve entender e compreender a magia dos símbolos que, embora tentasse descrever, nunca a esgotaria devido à plenitude e complexidade dos mesmos. Isso exige um novo estado de consciência para o discernimento no coração do maçom, a fim de que, estando aberto, consiga penetrar nesse novo estágio evolutivo e, através dessa simbiose, esteja dentro do próprio homem a essência da espiritualidade. Essa essência nada mais é que existência do seu Deus interior, o seu templo interno sagrado, que jamais poderá ser contaminado pelas mazelas dos vícios ou violado pelos desejos de baixa linhagem, tanto morais como espirituais.
Então, é difícil obrigar ao homem ter fé, pois ela deve coexistir com o próprio homem, nas certezas internas e no seu testemunho. Um homem sem fé olha para o abismo e aí vê a sua própria imagem. É como se fosse um computador sem o software: o que se vê é apenas uma carcaça de plástico. Um homem sem fé é um homem sem alma. Tiago assim diz: “De fato, do mesmo modo que o corpo sem o espírito é cadáver, assim também a fé: sem as obras ela é cadáver”. Caros irmãos, é indispensável possuir a fé, nem que ela seja um pequeno grão de areia, mas que você possa atestar com fidelidade, pois só assim será digno do GADU, que confia ao homem tão nobre missão neste mundo, ou seja, busca elevar o nível do estado de consciência de toda a humanidade através do estudo e da prática das boas obras. Pensando nisso, antes de prosseguir a leitura, recomenda-se ler ou ouvir a música “Amigo”, de Roberto Carlos (1977), na qual se aborda sobre Fé.
Amigo
(Roberto Carlos)[2]
Você meu amigo de fé
Meu irmão camarada
Amigo de tantos caminhos
De tantas jornadas
Cabeça de homem
Mas o coração de menino
Aquele que está ao meu lado
Em qualquer caminhada
Me lembro de todas as lutas
Meu bom companheiro
Você tantas vezes provou
Que é um grande guerreiro
O seu coração é uma casa
De portas abertas
Amigo você é o mais certo
Das horas incertas
Às vezes em certos momentos
Difíceis da vida
Em que precisamos de alguém
Pra ajudar na saída
A sua palavra de força
De fé e de carinho
Me dá a certeza de que eu
Nunca estive sozinho
Você meu amigo de fé
Meu irmão camarada
Sorriso e abraço festivo
Na minha chegada
Você me diz as verdades
Com frases abertas
Amigo você é o mais certo
Das horas incertas
Não preciso nem dizer
Tudo isso que eu lhe digo
Mas é muito bom saber
Que você é meu amigo
Não preciso nem dizer
Tudo isso que lhe digo
Mas é muito bom saber
Que eu tenho um grande amigo
Não preciso nem dizer
Tudo isso que eu lhe digo
Mas é muito bom saber
Que você é meu amigo
A esperança na visão de um aprendiz maçom
Feito isso, passar-se-á a falar sobre esperança. E, num sentido genérico, acredita-se que a esperança seja a razão de viver. A cada instante que o GADU credita na conta particular do homem e amplia-lhe os anos de Vida terrena, também aumenta a responsabilidade, de se ser digno de sua confiança. Assim, deve-se estar firme e convicto com relação ao amanhã e ao futuro, embora essa cronologia de tempo e espaço seja muito relativa, quando se trata de alcançar objetivos. Todavia, é preciso que estas metas estejam traçadas em conformidade com a régua de 24 polegadas diante de uma conduta exemplar. Logo, a esperança vai manifestar-se no homem iniciado como um tipo de riqueza, a fim de estimular os outros homens inseridos à prática das virtudes, cujos frutos não requerem esperanças, pois o resultado é a própria esperança desejada.
Em sua obra o ABC do Aprendiz, Puch (1993, p. 122) explica que o “maçom jamais esmorece ante a adversidade, pois que sua esperança tem raízes no amor à sua causa”. A Esperança é a segunda das virtudes teologias. No painel alegórico do grau, é representada pela âncora”. Figueiredo (1991, p. 39) também afirma que a âncora é um emblema da esperança. E segundo Aslan (1996, p. 392), a sua cor é a verde, podendo seu emblema ser, além da âncora, o arco-íris. Na realidade, fé, esperança e caridade são obras indissociáveis e através delas é que se conseguirá ser mais completos, portanto, mais felizes.
Esperança, do latim sperantia, que significa expectativa, espera, fé, confiança em conseguir o que se deseja. É a segunda das virtudes teologias. Segundo Paulo Rosen apud (ASLAN, 1996, p. 391), a esperança “é a expressão do sentimento instintivo, que revela a certeza da perfectibilidade humana. A Esperança é, pois, o resultado da Fé e a Caridade... A natureza faz dela um sentimento. A mitologia, uma divindade. E a religião uma virtude”. Nesta vida, a fé e a esperança só podem desaparecer do indivíduo com a morte; do contrário, a morte já o possui. Ou se resgata o que é essencial para a Vida em plenitude ou se cava a própria sepultura. A razão de viver está na esperança associada à fé interior na busca da perfeita iluminação, para assim ser, de fato, um obreiro do GADU na construção de um mundo melhor para todos, sem distinção de raça, credo, cor, sexo, país. Um mundo onde haja liberdade, igualdade e fraternidade entre os povos e as nações, onde não haja um país centralizador das riquezas e da justiça em detrimento da exploração dos países mais pobres e injustiçados. Que reine, portanto, a paz, o amor e a prosperidade entre todos os povos do mundo inteiro. Como a esperança está relacionada com o grau de Companheiro, a atitude de esperança deve ser uma atitude vigilante (1Ts, 1-6). É necessário, pois, ter-se esperança.
Uma outra questão importante é que no Antigo Testamento é notável a orientação e condição dos povos pelos profetas baseados no princípio da esperança. Assim, Hugo Schlesinger (1995, p. 977) explica, fundamentado nos textos bíblicos, que a grande esperança não pode ser apenas na conquista dos bens materiais, a paz, felicidade e bem-estar dos povos. É fundamentalmente importante o “conhecimento de Deus (Is 11,9; hab 2,14), a transformação interior dos corações (Jr 31, 31-34; Ez 36, 25-28 e o culto pleno e perfeito de Deus (Zc 14. Ez 40s)”. Por isso, é comum a expressão “a esperança é a última que morre”. Ora, enquanto há vida, tudo é possível porque esta é a essência do bem, do bom e do belo. Em oposição a essa virtude, observa-se a desesperança que nada mais é senão o desequilíbrio das forças positivas que, se não forem tratadas, sanadas, levarão o indivíduo à morte ou ao caos.
A caridade na visão de um aprendiz maçom
Depois da fé e da esperança, a terceira das virtudes teologais é a caridade e está relacionada com o grau de Mestre. De acordo com Figueiredo (1991, p. 95-96), caridade é “um dos deveres principais e mais antigos da Maçonaria, cujas instituições e as obras beneficentes são numerosas”. Referendando a obra de Puch (1993, p. 110), ele nos esclarece que caridade os “maçons e as lojas devem exercê-las anonimamente, conforme determina o sistema moral da ordem. No painel alegórico do grau, é representado pelo graal”. Como se vê o verdadeiro sentido da caridade deve ser exercido com sabedoria, para oportunizar a evolução do necessitado, podendo ser de forma discreta. O sentido reservado de dar esmolar é narrado na Bíblia por Mateus: “Mas quando deres esmola; não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita” (Mateus, 6, 3).
O filósofo espanhol Moisés bem Maimon, mais conhecido por Maimônides (1135-1204), foi um importante pensador judeu que buscava conciliar os princípios religiosos judaicos com o conhecimento racional. Maimônides descreve oito degraus no dever da caridade: dar contra vontade; dar alegremente sem atender as necessidades do outro; dar depois de solicitado, atendendo em parte; dar alegremente, sem ser solicitado, porém colocando na mão do necessitado, causando-lhe vergonha; dar de forma que o pobre identifique quem ofereceu; conhecer os beneficiários de nossa caridade; distribuir as esmolas que nem o benfeitor saiba quem eles são e vice-versa; e, no o oitavo degrau, portanto o mais nobre deles, antecipar a caridade, evitando a pobreza. Nesse sentido, é importante ensinar-lhe uma profissão para que ele tenha o seu próprio sustento, o que representa o cume da “ESCADA DE OURO DA CARIDADE”. Já Newman (1983, p. 327), referendando Maimônides, afirma que existem dez escalas da caridade, elegendo a mais elevada quando se ajuda a um homem a ajudar-se a si mesmo.
A prática da benevolência judia é fazer justiça, de maneira amorosa, por parte dos que têm para os que não têm. Reforçando esse pensamento, Souza (1995, p. 14) afirma que “o verdadeiro amor jamais se cansa de espalhar o bem por onde quer que ele se faça necessário”.
Já no judaísmo, Tsedaká significa retidão, entretanto é utilizado popularmente no sentido de caridade. Assim, “a caridade é a vida interior do coração. Aprender a caridade significa ensinar o próprio coração, mas também a inteligência, os sentidos, o espírito, o corpo, ensiná-la ao homem inteiro. Para se poder praticar a caridade, é preciso aprendê-la” (Hugo Schlesinger, 1995, p. 511). Procure não virar as costas quando um pobre procura auxílio para evitar transgredir o Mandamento bíblico de “não endureças o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão necessitado” (Deut. 15,7). Por isso, que caridade está relacionada com o grau de Mestre. Pois, este já passou por vários estágios evolucionais e é capaz de praticar a caridade com sabedoria. E isso envolve muito mais que uma esmola, uma palavra de consolo. É um ato de amor. E é deste tipo de caridade que as pessoas continuam muito carentes. Na tradição judaica, toda pessoa precisa dar Tsedaká, ficando isento de dar Tsedaká o pobre que possui apenas o necessário para sustentar-se, porque o seu sustento tem precedência sobre o do outro.
A fé, a esperança e a caridade permanecem, mas, dentre elas, a mais excelente é a caridade (S. Paulo, 1ª Epístola aos Coríntios, capítulo XIII. Vv 1 a 7 e 13).
Caridade, do latim caritate, significa o amor que move a vontade à busca efetiva do bem de outrem e procura identificar-se com o amor de Deus; ágape, amor-caridade, benevolência, complacência, compaixão, beneficência, benefício; esmola.
Aslan (1996, p. 211) define caridade como um “sentimento de amor para com outrem e que é devido seja a uma disposição muito viva da alma, seja a concepções filosóficas e morais, seja ideias religiosas”.
O símbolo desta terceira das virtudes teologais é o cálice, que corresponde à “alma aberta ao fluxo da vida anterior” (Figueiredo, 1991, p. 92-93). O cálice, tido como um símbolo sagrado, por ser bem antigo, é empregado em diversas religiões e sociedades iniciáticas. É conhecido também com o nome de taça ou vaso. Pode-se relacionar também com a taça do Santo Graal, onde se conserva o sangue dos avatares que sacrificaram a própria vida em benefício da evolução de todos os povos. A exemplo disso, cita-se a instituição da Cruz Vermelha, cujo emblema é vermelho, e visa ajudar os necessitados. Pode-se dizer que a caridade está relacionada com a cor vermelha.
Caros irmãos, a caridade cada pessoa tem a obrigação de praticar, de acordo com as posses materiais e espirituais. Isso quer dizer que todos podem fazê-la de muitas maneiras diferentes em todos os instantes da vida (através de preces, orações, fluxo de bons pensamentos, palavras que elevam a moral e o espírito, atos e ações concretos). Existe um ditado que diz que é melhor doar a quem não pode retribuir no momento, que aquele que em seguida lhe retribui, pois, dessa forma, será recebida a justiça divina. É oportuno esclarecer que não é objetivo da Maçonaria dar esmolas. O significado disso é bastante limitado. Não que não se deve fazê-lo, é que só isso é muito pouco, não basta, enfim, não se resolve o problema.
Na Bíblia Sagrada, no Evangelho de São Mateus consta essa advertência ao praticar a caridade:
²³ Portanto, se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, ²⁴ Deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão e, depois, vem e apresenta a tua oferta.
²⁵ Concilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás no caminho com ele, para que não aconteça que o adversário te entregue ao juiz, e o juiz te entregue ao oficial, e te lancem na prisão. (MATEUS 5:23-25).
Isso nos faz refletir que toda ação, para ser aceita num sentido mais amplo da palavra e de jornada iniciática é preciso estar com o “coração puro” e as “mãos limpas” para validar esse gesto nobre.
Em suma, onde não há caridade, pratica-se o aborto da esperança em milhões de necessitados. Tanto de uma palavra de conforto, como de um pão para comer ou uma roupa para vestir, ou um remédio para curar-se. Onde não existe a caridade, não pode haver nem fé nem esperança.
Considerações finais
Acredita-se que esse trabalho alcançou seu principal objetivo de elucidar os conceitos das virtudes teologais: fé, esperança e caridade. Foi baseado na Bíblia Sagrada e autores que descrevem sobre o tema. Além disso, procurou-se narrar um pouco da vivência do Aprendiz Maçom.
Por isso que, nos rituais maçônicos, a prática do tronco de beneficência é um costume e todos têm fácil acesso para doar, pois se trata de um ato que vem do coração e com muito amor. Portanto, pratique a caridade todos os dias de sua vida e assim você tornará a esperança em realidade conquistada e, consequentemente, aumentando a fé que é a base de toda espiritualidade humana.
Para finalizar, que neste sagrado momento todos renovem os votos desta tríplice aliança com o GADU, com o EU interior e com todos os irmãos. Estando tudo justo e perfeito, pode-se dizer: AT NIAT NIATAT – UM NO TODO E O TODO NO UNO! QUE ASSIM SEJA!
Referências bibliográficas
ASLAN, Nicola. Grande dicionário enciclopédico de maçonaria e simbologia. Londrina: A Trolha, 1996. v.1-4.
BÍBLIA Sagrada. Tradução de Padre Antônio Pereira de Figueiredo. Rio de Janeiro: Delta, 1980.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda . Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro, Ed. Nova Fronteira, 1986, 1838 p.
FIGUEIREDO, J. G. Dicionário de maçonaria: seus mistérios, ritos, filosofia, história. São Paulo: Ed. Pensamento, 1991. 550 p.
NEWMAN, Y. SILVAÁN, G. Judaismo A-Z. Léxico Ilustrado de términos y conceptos. Israel: Prensa Astronel, 1983, 361p.
PUCHI, J. ABC do Aprendiz. Tubarão: Editora Dehon, 1993. 174p.
ROBERTO CARLOS; ERASMO CARLOS. Amigo. Intérprete: Roberto Carlos. In: ROBERTO CARLOS. Roberto Carlos. Rio de Janeiro: Som Livre, 1977. 1 disco sonoro (LP). Faixa 6.
SCHLESINGER, Hugo. Dicionário enciclopédico das religiões. Petrópolis, RJ: Vozes, 1995.
SOUZA, J. H. Eubiose. A Verdadeira Iniciação. Rio de Janeiro: Editorial Aquarius, 1978, 304 p.
SOUZA, J. H. Pequeno oráculo. Rio de Janeiro: Editorial Aquarius, 1995, 108 p.
Notas de rodapé
[1] Trabalho apresentado no grau de Aprendiz, à Loja Acácia do Sul, nº 33, Tubarão, 08 de abril 2002.
[2] ROBERTO CARLOS; ERASMO CARLOS. Amigo. Intérprete: Roberto Carlos. In: ROBERTO CARLOS. Roberto Carlos. Rio de Janeiro: Som Livre, 1977. 1 disco sonoro (LP). Faixa 6.
