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A SIMBOLOGIA DAS VIAGENS E DAS PURIFICAÇÕES NA INICIAÇÃO MAÇÔNICA

Por Izautonio da Silva Machado Junior


A  SIMBOLOGIA  DAS  VIAGENS  E  DAS  PURIFICAÇÕES  NA  INICIAÇÃO  MAÇÔNICA


Parte  1:  Historicidade


Esta  parte  do  trabalho  é  totalmente  baseada  no  artigo  mais  completo  denominado  A  Simbologia  da  Purificação  pelos  Elementos  e  as  Origens  da  sua  Introdução  nos  Rituais  Maçônicos”,  de  autoria  do  erudito  maçonólogo  português  Joaquim  Grave  Santos,  a  quem  é  devido  todo  o  crédito  pela  pesquisa.


Conforme  a  concepção  dos  antigos,  os  quatro  elementos  da  natureza  são  a  Terra,  a  Água,  o  Fogo  e  o  Ar. 


A  simbologia  destes  quatro  elementos  está  presente  na  maioria  das  cerimônias  de  iniciação  maçônica  dos  ritos  da  Europa  continental,  no  entanto  é  um  elemento  ausente  nos  ritos  de  origem  anglo-saxônica.


Esta  liturgia  que  integra  as  provas  dos  elementos  baseia-  se  em  uma  concepção  simbólica  da  constituição  da  matéria,  profundamente  enraizada  na  cultura  clássica  ocidental,  e  se  relaciona  com  próprios  os  elementos  componentes  do  Cosmos.


Para  além  deste  arquétipo  cosmológico,  os  quatro  elementos  tradicionais  tinham  também  uma  interpretação  metafísica  e  se  relacionam  com  os  atributos  de  deuses  mitológicos:  Zeus  (Fogo),  Hera  (Terra),  Nestes  /  Hefesto  (Água)  e  Adônis  (Ar).


O  tema  das  viagens  em  si  estava  presente  nas  cerimônias  iniciáticas  desde  os  primórdios  da  Maçonaria  Especulativa,  contudo  a  mesma  afirmação  não  se  aplica  às  purificações  pelos  quatro  elementos.


Na  Maçonaria  Dissecada  (1730)  Samuel  Prichard  refere  somente  que  o  candidato  efetuava  uma  volta  à  Loja,  para  se  apresentar  à  assistência. 


No  mais  antigo  ritual  francês  conhecido  (1737),  o  recipiendário  fazia  três  viagens  antes  de  ser  conduzido  ao  Venerável  Mestre.  Não  haviam  elementos,  provas  ou  purificações  e  durante  as  viagens  era  vertida  resina  em  pó  sobre  os  candelabros,  com  objetivo  de  causar  maior  impressão  no  candidato.


Os  Rituais  do  Marquês  de  Gages  (1767)  descrevem  o  candidato  conduzido  à  volta  da  Loja  pelo  Primeiro  Vigilante,  sem  que  intervenham  nas  viagens  elementos  ou  purificações,  mas  já  havia  naquela  altura  a  prova  do  fogo.


Em  um  Catecismo  de  uma  Loja  de  Lille  (1749),  encontra-se  um  texto  da  seguinte  resposta  “Fui  purificado  pela  água  e  pelo  fogo”.  Acredita-se  que  esta  seja  a  mais  remota  menção  desta  inovação,  que  já  existia  em  alguns  Altos  Graus  praticados  na  época,  podendo  ter  migrado  daí  para  a  Maçonaria  Azul.  Ao  contrário  do  que  se  poderia  cogitar,  tais  purificações  não  têm  origem  hermética,  mas  bíblica,  correspondendo  aos  batismos  da  Antiga  e  da  Nova  Aliança,  conforme  as  palavras  de  São  João  Batista  (Mateus  3.11):  “Em  verdade  vos  batizo  com  água…  mas  aquele  que  vem  após  mim…  vos  batizará  com  o  Espírito  Santo  e  com  fogo”.


No  Régulateur  du  Maçon  (1786)  publicado  em  1801,  documento  considerado  fundador  do  Rito  Francês,  o  Grande  Oriente  de  França  fixa  a  purificação  pela  Água  após  a  segunda  viagem,  e  a  purificação  pelo  Fogo  após  a  terceira,  sem  haver  qualquer  referência  aos  outros  elementos.


De  outro  giro,  os  três  elementos  constituintes  da  matéria  na  perspectiva  Martinista  (Fogo,  Água  e  Terra)  só  aparecem  tardiamente  na  Maçonaria  Retificada,  entre  1786  e  1787,  apenas  e  somente  com  a  interpretação  específica  do  Rito  Escocês  Retificado,  sem  qualquer  relação  com  a  que  se  encontra  nos  demais  ritos  maçônicos.


Por  sua  vez,  o  Guia  dos  Maçons  Escoceses  (1804),  mais  antigo  regulador  dos  graus  simbólicos  do  Rito  Escocês  Antigo  e  Aceito,  faz  passar  o  iniciado  pelas  “chamas  purificadoras”  na  terceira  viagem,  sendo  as  duas  anteriores  isentas  de  purificações.


Finalmente,  Ritual  do  Rito  de  Misraïm  (1820)  prevê  a  purificação  pelos  quatro  elementos:  a  prova  da  terra  associada  à  Câmara  de  Reflexões  e  as  purificações  pela  água,  fogo,  e  ar  -  nesta  ordem  -  associadas  a  três  viagens  realizadas  fora  do  Templo  (na  Sala  dos  Passos  Perdidos).  Esta  teria  sido  uma  completa  inovação  relativamente  a  um  século  de  prática  maçônica  anterior.


Este  modelo  repetiu-se  no  Ritual  do  Primeiro  Grau  do  Rito  de  Memphis  (1838),  onde  foi  alterada  a  ordem  dos  elementos  para  Terra  –  Ar  –  Água  –  Fogo.  A  migração  desta  simbologia  foi  quase  imediata  dos  Ritos  Egípcios  para  os  demais  ritos  praticados  à  época  na  França,  passando  as  purificações  a  serem  realizadas  no  interior  do  Templo.


No  REAA  a  importação  também  se  deu  imediatamente,  estando  a  mesma  presente  em  todos  os  Rituais  da  Grande  Loja  de  França  desde  a  sua  fundação  em  1896,  com  a  ordem  Terra-Ar-Água-Fogo,  que  é  hoje  característica  deste  Rito  maçônico.


A  razão  pela  qual  tais  purificações  apareceram  em  1820  em  um  Rito  Egípcio,  deve-se  a  uma  magia  que  esta  em  voga  na  época:  a  Egiptologia.  Indícios  de  sincretismo  com  a  Maçonaria  encontra-se  no  livro  “La  Franche-Maçonnerie  rendue  à  sa  véritable  origine”  (1814)  de  Alexandre  Lenoir,  que  marca  a  origem  da  Egiptologia  Maçônica  e  onde  se  descrevem  as  iniciações  no  Antigo  Egito  (mítico),  referindo-se  às  purificações  pelos  Quatro  Elementos  e  a  necessidade  das  cerimônias  maçônicas  se  ajustarem  aos  procedimentos  dos  Antigos  Mistérios.


Curiosamente,  na  Ópera  “A  Flauta  Mágica”  (1791)  dos  maçons  Mozart  e  Shikaneder,  no  Segundo  Ato,  Cena  7,  consta  a  seguinte  referência:


“Aquele  que  avançará  por  esta  estrada  plena  de  obstáculos

Será  purificado  pelo  fogo,  a  água,  o  ar  e  a  terra 

Se  ele  pode  superar  os  receios  da  morte

Se  elevará  da  terra  até  ao  céu”


Mozart  foi  iniciado  em  14  de  dezembro  de  1784  na  Loja  Zur  Wohltätigkeit  de  Viena,  da  Grande  Loja  Nacional  Austríaca.  Antes  dessa  data,  praticavam-se  naquela  cidade  os  seguintes  Ritos:  Rito  da  Estrita  Observância,  Rito  de  ZinnendorfRito  Escocês  Retificado  e  Rito  de  Adoção.

Iniciação de Mozart

 

Embora  a  Loja-Mãe  de  Mozart  tenha  sido  constituída  para  praticar  o  Rito  Escocês  Retificado,  à  data  da  sua  iniciação  esta  utilizava  outro  ritual,  do  qual  se  encontra  uma  cópia  manuscrita  depositada  em  Copenhague.  Trata-se  de  um  ritual  de  influência  francesa,  com  alguns  pontos  comuns  ao  Ritual  do  Primeiro  Grau  do  Rito  de  Zinnendorf.  Nesta  cerimônia,  o  candidato,  após  passar  pela  Câmara  de  Reflexões,  faz  três  viagens.  O  Venerável  Mestre  ordena  ao  Segundo  Vigilante  que  faça  o  candidato  realizar  a  primeira  viagem  “pelo  Ar  e  pela  Terra”,  a  segunda  “pela  Água”  e  a  terceira  “pelo  Fogo”,  sem  haver  qualquer  referência  a  purificações.

 

Se  este  conceito  migrou  da  maçonaria  para  a  Ópera,  tal  não  pode  ser  confirmado.  É  fato  que  Mozart  foi  iniciado  através  de  um  ritual  que  mencionava  os  elementos,  mas  ele  não  possuía  a  forma  presente  no  Libreto  “A  Flauta  Mágica”,  que  se  parece  reproduzir  no  Rito  de  Misraïm.


Parte  2:  As  Provas


A  Câmara  de  Reflexão:  A  Prova  da  Terra


Nesta  primeira  Prova,  o  candidato  fica  imerso  em  uma  simbólica  caverna,  imerso  na  escuridão  e  no  silêncio,  encarcerado  em  uma  masmorra  cercado  de  emblemas  fúnebres  e  esotéricos,  onde  pairam  alusões  à  mortalidade  e  ao  seu  desejo  de  ingressar  na  Ordem.

Câmara  de  Reflexão

Os  símbolos  induzem-no  a  refletir  sobre  a  instabilidade  da  vida  humana,  lição  trivial  sempre  ensinada  e  sempre  desprezada.


A  primeira  viagem:  A  Prova  do  Ar


Nesta  viagem,  o  Experto  simboliza  o  Pai  do  iniciando.


O  percurso  vagaroso  por  um  caminho  cheio  de  obstáculos,  onde  o  silêncio  inicial  é  interrompido  por  sons  de  trovoadas  e  ventanias  representa  o  Ar,  símbolo  da  vitalidade,  emblema  da  vida  humana  com  seus  tumultos  de  paixões  e  dificuldades. 


A  vida  humana,  na  luta  dos  interesses  e  das  ambições,  cheia  de  embaraços  aos  nossos  intentos,  encontra  nesta  lição  o  ensinamento  de  que  a  Maçonaria  nos  ensina  a  suportar  todos  os  revezes  da  sorte,  proporcionando-nos  consolações  salutares  e  grandes  compensações.


As  violências  das  paixões  humanas,  quando  desencadeadas  e  não  controladas,  são  como  tempestades  violentas,  capazes  de  causar  distúrbios  na  vida  pessoal  e  no  plano  da  coletividade  até  mesmo  grandes  destruições,  guerras  e  calamidades.


A  Prova  também  pode  ser  interpretada  como  a  violência  que  se  experimenta  nas  terríveis  lutas  da  virtude  contra  o  vício,  da  caridade  contra  o  egoísmo  e  da  liberdade  contra  a  tirania.  Na  luta  para  manter  sob  controle  as  paixões,  é  necessário  ultrapassarmos  os  obstáculos  com  constante  determinação.

 

De  outro  ponto  de  vista,  os  ruídos,  as  dificuldades  e  os  obstáculos  significam  fisicamente  “o  caos  que  se  acredita  ter  precedido  e  acompanhado  a  organização  dos  mundos”,  e  moralmente  “os  primeiros  anos  do  homem  ou  os  primeiros  tempos  da  sociedade,  durante  os  quais  as  paixões,  ainda  não  dominadas  pela  razão  e  pelas  leis,  conduziam  homem  e  a  sociedade  aos  excessos  tão  condenáveis  dos  tempos  remotos  do  feudalismo”.


O  candidato  sem  acesso  à  visão  aduz  a  ignorância,  incapaz  de  dirigir  seus  esforços  sem  um  guia  esclarecido.  Decorre  disso  outras  concepções:  simboliza  a  Família,  onde  “a  criança,  incapaz  de  se  dirigir,  necessita  de  amparo  e  guia  de  seus  pais”;  simboliza  a  sociedade,  onde  “a  inteligência  de  um  pequeno  grupo  conduz  as  massas  ignorantes  que  não  podem  se  governar”;  simboliza  a  humanidade,  onde  “os  povos  mais  inteligentes  conduzem  e  dominam  os  mais  atrasados”.  Ademais:


Como  um  símbolo  mais  elevado,  vemos  os  mundos,  no  seu  caminhar  incessante  através  do  éter,  girando  com  velocidade  vertiginosa,  qual  um  pássaro  que  fende  o  ar  com  as  suas  asas.  Esses  mundos,  infinitos  em  número,  pesando  milhões  de  toneladas,  estão  sujeitos  a  Leis  fixas  e  imutáveis,  às  quais  obedecem  cegamente,  assim  como  o  candidato  obedece  ao  seu  guia.


A  expressão  simbólica  da  cegueira  e  da  necessidade  de  quem  conduza  representa  ainda  o  domínio  que  o  espírito,  esclarecido  pelos  ensinamentos  maçônicos,  deve  exercer  sobre  a  cegueira  das  paixões,  transformando  a  materialidade  dos  sentimentos  profanos  em  sentimentos  puros,  por  assim  dizer,  maçônicos,  criando  desta  forma  um  novo  Ser,  pela  espiritualização  e  elevação  dos  sentimentos.

 

Foi  para  ver  a  Luz  que  o  candidato  bateu  às  portas  da  Maçonaria.  Logrando  êxito  nesse  intento,  o  candidato  terá  retirado  a  “venda”  material  que  prende  a  sua  alma  e  ele  não  mais  precisará  de  um  guia  em  seu  caminho.


A  segunda  viagem:  A  Prova  da  Água


Na  segunda  viagem,  o  Experto  simboliza  o  Mestre  do  iniciando.


Conduzido  por  um  caminho  mais  plano,  tendo  o  tinir  descompassado  de  espadas  como  trilha  sonora,  o  som  de  águas  faz-se  acompanhar  por  um  cerimonial  de  purificação  no  Mar  de  Bronze.


A  ação  purificadora  da  Água  nesta  Terceira  Prova  simboliza  a  pureza  da  vida  maçônica.  As  mãos  jamais  poderão  se  tornar  instrumentos  de  ações  desonestas  e  deverão  ser  conservadas  sempre  limpas.  A  purificação  pela  água  idealiza  a  purificação  dos  erros,  paixões,  vícios  e  imperfeições  do  mundo  profano;  a  pureza  de  pensamentos,  sentimentos  e  ações.


O  entrechocar  de  armas  de  combate  durante  a  viagem  sinaliza  os  perigos  para  se  sair  vitorioso  no  combate  às  paixões  e  no  aperfeiçoamento  dos  costumes.  Representa,  outrossim,  “a  idade  da  ambição:  os  combates  que  a  sociedade  é  obrigada  a  sustentar  antes  de  chegar  ao  estado  de  equilíbrio;  as  lutas  que  o  homem  é  obrigado  a  travar  e  vencer  para  se  colocar  dignamente  entre  os  seus  semelhantes”.  De  outro  ponto  de  vista,  o  choque  de  espadas  diz-nos  que  “devemos  lutar  como  um  membro  de  nossa  Ordem  para  defender  a  virtude  e  proteger  os  fracos”.  A  espada  é  o  emblema  do  combate  contra  o  vício,  a  ignorância  e  o  fanatismo.  Essa  luta  começa  dentro  de  si  e  se  estende  à  ordem  social. 


O  candidato  e  o  seu  guia  representam  respectivamente  o  Discípulo  e  o  Mestre,  vivendo  harmônica  e  fraternalmente,  um  ministrando  a  experiência  e  as  virtudes  que  adquiriu,  e  o  outro  deixando-se  conduzir. 


Menos  penosa  que  a  anterior,  essa  viagem  demonstra  também  que  “’a  constância  e  a  perseverança  nas  lutas  contra  os  vícios  do  mundo  profano  têm  por  termo  a  paz  de  consciência”.


A  Terceira  Viagem:  A  Prova  do  Fogo


Na  Terceira  Viagem,  o  Experto  simboliza  o  Amigo  do  iniciando.


Após  caminhar  por  um  trajeto  silencioso  e  livre  de  obstáculos,  o  candidato  experimenta  o  Batismo  da  Purificação  pelas  chamas  do  Fogo  Sagrado. 


As  chamas  simbolizam  aspiração,  fervor  e  zelo.  O  maçom  deve  aspirar  a  verdadeira  glória,  trabalhar  ininterruptamente  pela  causa  da  Maçonaria,  que  é  a  da  felicidade  humana.


O  teste  pelo  fogo  diz-nos  ainda  que  nunca  devemos  temer  os  perigos  da  jornada,  e  que  para  receber  a  Luz  da  Verdade  é  necessário  ao  homem  entregar-se  com  ardor  à  procura  da  Sabedoria.


As  facilidades  desta  viagem  sem  obstáculos  demonstra  “o  estado  de  paz  e  de  tranquilidade  resultante  da  ordem  na  sociedade  e  o  da  moderação  das  paixões  no  homem  que  atinge  a  idade  da  maturidade  e  da  reflexão”,  e  que  a  perseverança  do  iniciando  aproximou-o  do  objetivo  que  deseja  alcançar.


Conclusão


As  Provas  expõem  o  candidato  a  refletir  sobre  as  dificuldades  e  as  atribulações  da  vida.  As  purificações  servem  para  lembrar  que  o  homem  não  é  bastante  puro  para  chegar  ao  Templo  da  Filosofia.


As  três  portas  em  que  se  bate  representam  as  três  disposições  necessárias  à  procura  da  Verdade:  a  Sinceridade,  a  Coragem  e  a  Perseverança.


A  princípio  por  um  caminho  escabroso  semeado  de  dificuldades  e  cheio  de  obstáculos,  em  meio  de  ruídos  e  de  trovejar  atordoador,  o  candidato  bate  na  primeira  porta  (Sul),  que  representa  a  Sinceridade. 


Depois,  por  outra  estrada  menos  difícil  que  a  primeira,  ouvindo  o  tilintar  incessante  de  armas,  o  candidato  bate  na  segunda  porta  (Ocidente),  que  representa  a  Coragem. 


Finalmente,  em  uma  terceira  viagem,  por  um  caminho  plano  e  suave,  envolto  no  maior  silêncio,  o  candidato  bate  na  terceira  porta  (Oriente),  que  representa  a  Perseverança. 


As  viagens  simbolizam,  em  outra  concepção,  a  conquista  de  novos  conhecimentos,  tais  como  aquelas  que  foram  feitas  na  Antiguidade  pelos  Filósofos  fundadores  de  mistérios,  que  se  viajavam  ao  Oriente  para  adquirir  novos  conhecimentos.


O  número  de  viagens  indica  os  lugares  onde  as  Ciências  foram  cultivadas  primitivamente:  a  Pérsia,  a  Fenícia  e  o  Egito,  os  lugares  para  onde  Sábios  de  todos  os  países  viajavam  para  estudar.



Referências


1.     BOUCHER,  Jules.  A  Simbólica  Maçônica.  São  Paulo:  Pensamento,  2015.

2.     CASTELLANI,  José.  O  Rito  Escocês  Antigo  e  Aceito.  Londrina:  Editora  A  Trolha,  2006.

3.     Grand  Orient  de  France.  Le  Regulateur  du  Maçon,  1801.

4.     Grande  Loja  Symbólica  do  Rio  de  Janeiro.  Ritual  do  Gráo  de  Aprendiz-Maçon.  Rio  de  Janeiro:  Typographia  Delta,  1928.

5.     QUEIROZ,  Álvaro  de.  Iniciação,  Elevação  e  Exaltação  Maçônica.  São  Paulo:  Madras,  2011. 

6.     SANTOS,  Joaquim  Grave.  A  Simbologia  da  Purificação  pelos  Elementos  e  as  Origens  da  sua  Introdução  nos  Rituais  Maçônicos.  Disponível  em:  https://ritoserituais.com.br/2017/11/21/a-simbologia-da-purificacao-pelos-elementos-e-as-origens-da-sua-introducao-nos-rituais-maconicos/.  Acesso  em  09  de  agosto  de  2025.

7.     Supremo  Conselho  Nacional  do  REAA  para  os  EUA,  Territórios  e  Dependências  (Prince  Hall).  Ritual  de  Aprendiz  Maçom,  1946.



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